sábado, 1 de dezembro de 2007

O Papel do Psicólogo na Obesidade


Neste tópico iremos incidir sobre os aspectos psicológicos inerentes à obesidade, no sentido de analisar o contributo da Psicologia no acompanhamento de doentes obesos.
Em termos psicológicos, a compreensão do problema da obesidade relaciona-se com diversos aspectos, portanto deve ter em conta as suas origens, mecanismos de manutenção, impacto emocional, entre outros. Trata-se, pois, de um problema muito complexo, com aspectos fisiológicos, psicológicos, médicos, sociais e comportamentais, que funcionam conjuntamente, tendo um impacto fortíssimo na vida da pessoa. Psicologicamente, o problema pode ser analisado de diversas formas, ora colocando mais a tónica no pensamento, ora na emoção ou ainda no comportamento. No entanto, nenhum destes aspectos é mais importante, visto que todos eles intervêm com maior ou menor peso no indivíduo e acabam por determinar as características próprias de cada caso. Esta variação surge porque a obesidade é uma doença que pode ocorrer em diferentes idades, existir em graus distintos quanto à gravidade e ter um impacto variável consoante as experiências de vida (Rodríguez, Gómez, Martínez & Pérez, 2003).
No que respeita à intervenção psicológica esta pretende conseguir melhorias a vários níveis, nomeadamente uma redução do peso para cerca de menos de 20%, aumentando os comportamentos positivos, por exemplo uma alimentação mais saudável e exercício físico regular, e diminuindo comportamentos alimentares pouco saudáveis, como as dietas yo-yo ou alimentações com excesso de sal e gorduras. Assim, conseguiríamos reduzir os sentimentos de vergonha, inferioridade e baixa auto-estima relacionada com o peso ou tamanho corporal e resolver conflitos interpessoais, ou de outras naturezas, que possam contribuir para crises de ingestão alimentar compulsiva e outros padrões alimentares pouco saudáveis.

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