sábado, 1 de dezembro de 2007

Factores psicológicos

As questões psicológicas também podem influenciar os hábitos alimentares, senão pensemos simplesmente no nosso próprio dia-a-dia em que, perante uma determinada característica discriminativa do meio (por exemplo um odor apelativo) apetece-nos comer, ainda que tenhamos acabado uma refeição.
Há estudos que se debruçaram sobre o comportamento e a fisiologia alimentares dos obesos e não-obesos, tendo encontrado algumas diferenças entre estes dois grupos de sujeitos. Os resultados íam, portanto, no sentido dos obesos responderem mais facilmente a estímulos discriminativos do que à sensação interna de fome. Isto explica situações paradoxais, como o facto do obeso conseguir estar várias horas sem se alimentar caso não haja comida disponível, sendo habitualmente incapaz de a ir procurar. Por outro lado, são capazes de suportar a fome, caso os alimentos não forem saborosos e de fácil acesso (Matos, 1990 cit Schachter, 1971).
Muitas pessoas comem como resposta a emoções negativas, como tristeza, tédio, solidão ou raiva, tão características de algumas perturbações, por exemplo da ansiedade (Brusch, 1973) e depressão. Porém, os autores defendem que a maioria das pessoas acima do peso não tem mais problemas psicológicos ou de personalidade do que as com o peso correcto (Moore, Stunkard & Strole, 1962; Friedman & Brownel, 1995).
Embora não se encontre um padrão comportamental comum aos obesos, foram encontradas algumas características de personalidade como estando associadas à obesidade, como por exemplo neuroticismo e ansiedade (Matos, 1990 cit Moore, Stunkard e Srole, 1962) ou hiperemotividade (Matos, 1990 cit. Schachter, 1971). Há, no entanto, estudos que contrariam estas conclusões (Matos, 1990 cit. Crisp e McGuiness, 1975; Crisp, Queenan, Sttampoln e Harris, 1980).

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